Transformação e memória: a Rua da Palma entre 1864 e 1946

A maqueta do bombeiro e mestre carpinteiro Luís Pereira de Carvalho traz-nos testemunho de uma Lisboa já perdida. Perdida certamente no espaço, e algo esquecida na memória da cidade.

Um olhar mais atento deteta a imensa malha urbana sacrificada para criar o Martim Moniz, nas centenas de edifícios da Mouraria demolidos para dar lugar a essa Praça, e que aqui ainda se veem, um a um, pacientemente desenhados. Nesse caminho, pelo eixo oriental da Rua da Palma, desde a Baixa até à Praça do Intendente, imortalizam-se os recantos do Teatro Apolo, do Real Coliseu, do Paraíso de Lisboa, nomes já pouco ouvidos de lugares que trouxeram à Lisboa de então a novidade do lazer de massas.

Nesta conversa, procuraremos dar a conhecer esses novos espaços de sociabilidade, os quais, juntamente com as tradicionais tabernas e as sedes de associações recreativas, sindicais e políticas, nos devolvem uma outra imagem do bairro da Mouraria.