Toni Malau (ou António da Boa Sorte)
Pequena escultura em marfim (10,5 cm de altura) que dá a conhecer uma faceta diferente do culto prestado a Santo António, o santo nascido em Lisboa. Trata-se de uma peça rara e historicamente muito significativa, que representa a miscigenação de culturas e a dinâmica da religiosidade africana, bem como a singular manipulação das crenças cristãs levadas, neste caso, por missionários portugueses e italianos.
Usada como uma espécie de amuleto, a escultura servia para proteger o seu dono dos inimigos, interceder por ele em momentos de dificuldade ou resgatar navios durante naufrágios. Acreditava-se ainda que tinha poderes curativos quando em contacto com o corpo, razão pela qual a peça mostra sinais evidentes de desgaste. Estas crenças foram posteriormente levadas pelos escravos para o Brasil, mantendo-se latentes na cultura brasileira.
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© Museu de Lisboa