Carlos Mardel e as relações culturais luso-húngaras

O Museu de Lisboa acolhe a conferência Carlos Mardel e as relações culturais luso-húngaras.

Numa parceria do Museu de Lisboa com a Embaixada da Hungria em Portugal e com a Matriz Portuguesa - Associação para o Desenvolvimento da Cultura e do Conhecimento, a conferência destacará a figura de Carlos Mardel (1696-1763), arquiteto nascido no antigo reino da Hungria e que tantas marcas deixou na Lisboa barroca.

Será apresentado o primeiro artigo publicado em húngaro sobre Carlos Mardel, pela museóloga Zsófia Vajkai, que preparou uma curta apresentação em vídeo para esta ocasião. O artigo será apresentado pelo arquiteto Tiago Malhão Pereira (Formado pela Universidade Lusíada, com experiência nas várias disciplinas da arquitetura, com interesse profissional pela arquitetura da Hungria).

Seguir-se-á a palestra de András Gulyás sobre as relações culturais luso-húngaras.

NOTA BIOGRÁFICA DE ZSÓFIA VAJKAI

Zsófia Vajkai (Budapeste, 1944), museóloga e etnógrafa graduada da Universidade de Budapeste, desenvolveu a sua atividade científica no Museu de Agricultura da Hungría sobre temas relacionados com culturas de cereais, técnicas de moagem, panificação e costumes e tradições populares associados. Em 1999 coordenou o programa conjunto luso-espanhol-húngaro para reabilitação de moinhos de água no Norte de Portugal, Valência e Norte de Hungria.

Artigos de Zsófia Vajkai sobre temas portugueses
Carlos Mardel, Lisszabon 18. századi magyar származású építésze. Palimpszeszt, 15. sz Budapest,.  2001. (Carlos Mardel, Arquiteto de origem húngara da Lisboa do Século XVIII)

Notas de László Magyar, explorador de África, sobre a agricultura dos povos Angolanos. Estudos em homenagem a Ernesto Veiga de Oliveira. Lisboa, 1989.

Um húngaro em Angola. Viagens de Ladislau Magyar /1818-1864/, através dos documentos do Archivo Histórico Ultramarino. Encontro de povos e culturas em Angola, Luanda, 1995.

Szent Tamás és a Herceg avagy egy percre az Egyenlitőtől, Alibi, Budapest, 2012 (São Tomé e Principe, a um minuto do Equador)

 

NOTA BIOGRÁFICA DE ANDRÁS GULYÁS

András Gulyás (Budapeste, 1944), doutor em Filologia Hispânica pela Universidade ELTE de Budapeste, foi embaixador em Luanda entre 1983-87 e em Lisboa entre 1991-96, tendo em seguida desempenhado as funções de assessor diplomático da Presidência da República da Hungria entre 1996-2001 e entre 2005-2010.

Promoveu o reconhecimento dos diplomatas portugueses Sampaio Garrido e Carlos Branquinho que nos tempos do Holocausto salvaram vidas em Budapeste. Iniciou a geminação
de Lisboa e Budapeste e os programas conjuntos de Capitais Culturais de Europa Budapeste e Lisboa, em 1993. Foi distiguido como Cavaleiro da Ordem do Infante D. Henrique, em 1979, e com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito da República Portuguesa, em 2002.

Foi por sua iniciativa que se realizaou a exposição Princeses de Terres Llunyanes, do Museu Nacional da Hungria e do Museu de História de Catalunya, em 2009, na qual foi apresentada também Santa Isabel de Portugal.

Conferencista nas Universidades de Budapeste, Lisboa, Porto, Coimbra, Barcelona, Lima, Szeged, Pécs sobre temas de história e literatura húngara, latino-americana, espanhola,
portuguesa, catalã. Tradutor de literatura espanhola e portuguesa, com destaque para autores como Mario Vargas Llosa, Alejo Carpentier, Romeu Correia e Jorge Amado, entre outros.