Lançamento de catálogo

O Museu de Lisboa lança o catálogo da exposição Hortas de Lisboa. Da Idade Média ao século XXI no dia 9 de setembro, às 18h, no Palácio Pimenta.

A edição do catálogo da exposição Hortas de Lisboa. Da Idade Média ao século XXI constitui um contributo do Museu de Lisboa para a história das hortas da cidade e para uma reflexão sobre o seu futuro, passando por temas tão atuais como a sustentabilidade, a soberania e a segurança alimentares da cidade. 

Com 208 páginas, em português e inglês, o catálogo mostra – de forma transdisciplinar, tal como a própria exposição –, como as hortas evoluíram na cidade ao longo de mais de oitocentos anos, bem como a relação dos hortelões da Lisboa de hoje com as suas hortas, levantando ainda questões sobre o papel que as hortas urbanas podem ter nos desafios do futuro.

Sob a direção dos comissários da exposição e editores do catálogo, Daniela Araújo e Mário Nascimento, esta publicação congrega colaborações de especialistas em história, antropologia, arquitetura, biologia, engenharia ambiental, hidrogeologia, agronomia e arte contemporânea para um entendimento mais cabal dos territórios, dos trajetos, das práticas e das narrativas, das personagens, das estratégias e das políticas do universo das hortas da cidade.

O catálogo que o Museu de Lisboa agora publica integra as edições oficiais da Lisboa Capital Verde Europeia 2020, ano em que inaugurou a exposição.

Como lembra Joana Sousa Monteiro, diretora do Museu de Lisboa, no texto de introdução do catálogo, «a exposição Hortas de Lisboa. Da Idade Média ao século XXI iniciou-se com uma pesquisa etnográfica há mais de três anos junto de uma amostra de hortelãos de Lisboa, de origens geográficas e culturais muito diversas; este foi também o alicerce para uma reflexão sobre a sustentabilidade, a soberania e a segurança alimentares da cidade». 

Reflexões patentes tanto na exposição como agora o catálogo, lançando pistas para o futuro, como destaca Catarina Vaz Pinto, Vereadora da Cultura da CML: «Espaço tradicionalmente de Cultura, o Museu de Lisboa oferece uma exposição verde, que não podia ser mais oportuna e que nos desperta, em simultâneo, para realidades tão relevantes quanto atuais, incluindo aquele que é porventura, hoje, o nosso maior desafio coletivo, presente e futuro: o combate aos desequilíbrios ecológicos e a promoção da sustentabilidade ambiental, começando desde já com o inadiável combate às alterações climáticas».

Um desafio ao qual a Câmara Municipal de Lisboa está atenta. «Hoje, enquadrado no contexto europeu, mas até mais inclusiva, temos uma significativa área destinada à agricultura urbana, com vinha, pomar e 21 Parques Hortícolas Municipais distribuídos pela cidade, com mais de mil famílias hortelãs, a quem são proporcionadas ajustada formação e apropriado acompanhamento», assinala José Sá Fernandes, Vereador do Ambiente, Estrutura Verde, Clima e Energia da Câmara Municipal de Lisboa.

A constituição de uma rede diversificada de parceiros constituiu um traço fundamental da matriz deste projeto: produzir conhecimento, em articulação com diversos setores da sociedade civil de Lisboa, para a cidade. 

Destaca-se, desde logo, a parceria com o Grupo de Trabalho para a Promoção da Agricultura Urbana na Cidade de Lisboa (Pelouro do Ambiente, Estrutura Verde, Clima e Energia), bem como a contribuição de parcerias com investigadores e entidades fundamentais para o efeito: Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Instituto Superior de Agronomia, ISCTE/Dinâmia, 2Adapt, CGarden, entre outros.